sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Pois não. Em que posso ajudar?

Faz realmente muito tempo desde a última postagem. Muito tempo desde a última vez que li alguns dos textos aqui do blog. Relendo-os, lembrei de forma nostálgica do que sentia ao escrevê-los. Era divertido, curioso. E, não importando se os textos fossem lidos ou não, eu me sentia fazendo algo útil (mesmo que apenas a mim mesmo). E é exatamente sobre sentir-se útil que eu gostaria de escrever agora.
Passados meses desde o meu início no Mestrado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, eu volto a me perguntar: O que é que eu quero mesmo? Na verdade, a pergunta que realmente importa é: O que é que Deus quer pra mim? Tenho me questionado sobre isto ao passo que cresce em mim a necessidade de ser ou fazer algo importante para alguém. Entenda, é bem verdade que em qualquer profissão que eu escolhesse eu estaria contribuindo de alguma forma para a sociedade, mas o que eu busco saber é se eu posso ou devo alcançar lugares mais profundos, profissional e (principalmente) espiritualmente.
Até o momento, existem duas carreiras que me chamam atenção: Professor universitário e Profissional de animação da Pixar (isso mesmo). Mas, espera, o que eu teria de significativo pra oferecer a alguém trabalhando nestas áreas? A docência sempre me pareceu um caminho muito nobre e inspirador, é verdade. Mas será que eu faria falta caso não optasse por segui-la? Há e sempre haverá inúmeros indivíduos mais capacitados do que eu para estas posições. Mais ainda para a carreira em animação! É possível, então, que exista um papel em algum lugar no mundo aguardando que eu tome a iniciativa e desenvolva-o? Um trabalho que seja decididamente útil na vida de alguém e que ninguém tenha assumido ainda? Peço a Deus que me oriente.
Nos últimos dias, assisti alguns vídeos sobre experiências missionárias e relatos sobre o quão gratificante é sentir que está fazendo a coisa certa. Então me vi, não pela primeira vez, empolgado com a ideia das missões. Por algumas noites refleti sobre as possibilidades e até pesquisei para tentar entender como conquistar oportunidades como as daquelas pessoas dos vídeos. Não encontrei muita ajuda. Ainda espero, apesar disto, ter a chance de fazer parte de movimentos como aqueles durante a vida. Ironicamente, porém, simultaneamente a esses questionamentos, recebi o que seria talvez uma das maiores oportunidades para um recém graduado em licenciatura: Lecionar em uma universidade. Claro que não efetivamente (afinal, nem mestre sou ainda), mas por este semestre, de forma contratual. Foi uma surpresa, evidentemente. Confesso que ainda me sinto despreparado para o cargo, mas acredito que aceitando-o encontrarei, além da incrível experiência e aprendizado, pistas para solucionar as questões que narrei nos parágrafos acima. Assim, para quem estiver lendo, peço que reze por mim. Preciso receber a sabedoria que me falta para tomar as decisões certas e evitar me arrepender de ter perdido tempo. E que, seja em salas de aula, em estúdios da Pixar ou em missões pelo mundo, eu encontre alegria e felicidade em suas formas mais generosas: Sendo útil.

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