sábado, 12 de maio de 2012

Escrever, doce escrever

As pessoas escrevem sobre o mal. As pessoas escrevem sobre o bem. As pessoas escrevem sobre as pessoas, também. Escrevem sobre amores e sobre paixões. Sobre o que veem e sobre o que não. As pessoas escrevem para confortar e para serem confortadas. Por vontade, elas escrevem. Por necessidade, elas escrevem. As pessoas que escrevem, escrevem por escrever. Faz bem, mesmo que escrevam sobre o mal. Faz mal, se escreverem sobre ele. Escrever importa. Escrever se torna habitual. Te dá férias do mundo real, sem te distanciar demais dele. Te dá segurança. Não tem faixa etária e nem contra-indicações. Escrevem os senhores e escrevem as crianças. Cada qual sobre o que puder imaginar. Sonhos se escrevem, desejos se  escrevem. Em palavras, tudo se transforma. Mesmo aquilo que não tem forma. Sentimentos e pensamentos se transformam. Nas palavras que quiser, não importa. Escreva ela sobre as coisas vivas. Escreva ele sobre as coisas mortas. Eu escrevo sobre isso e sobre aquilo e sobre o que há entre eles. Eu escrevo sobre escrever. De vez em quando escrevo sobre você. Eu escrevo por gostar. E eu só gosto porque escrevo, porque um dia eu escrevi. Porque, desde este dia, eu não posso mais parar. Habitual se torna, não há dilema. Escrevo aqui uma canção. Escrevo ali um poema. Escrevo pequeno. Escrevo riscado. Escrevo amarelo. Escrevo assim, enrolado. Escrevo normal, como as pessoas costumam fazer. E escrevo um ponto final, quando não há mais o que escrever.
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário